Falando nada de tudo e de todos. Durmam vocês com esse barulho...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Sorte

Resolvi inaugurar as postagens com um tema um pouco requentado, coisa de duas ou três semanas atrás, mas que ainda é bastante oportuno.

Lá pelo meio de janeiro foi divulgado pelo Ministério do Trabalho o número de empregos formais gerados em 2007. Esqueçamos o que foi notícia, ou seja, que foi o recorde anual na série histórica, que vem de 1992, e vamos ao número, puro e simples: 1,6 milhão de empregos, com carteira assinada, azeitona no pastel e tudo o mais.

Peguemos agora o número de empregos acumulado de 2003 a 2007. Temos coisa da ordem de 6,5 milhões de empregos, sempre sobre os dados do Ministério do Trabalho, que por sinal, baseiam-se em base sólida e auditável, podendo ser perfeitamente considerados confiáveis. Projete-se agora a coisa para 2010. A essa taxa, chegamos facilmente a
11,4 milhões de empregos no período 2003/2010.

Certo, vamos acreditar que a Águia realmente tomou um balaço no quengo dos mais certeiros, e que a recessão vem mesmo. Ao que parece, ela vem mesmo, mas não com essa bola toda. E só para lembrar, nos últimos 5 anos tivemos 4 em que os anúncios de que a recessão ianque era "agora" era presente.

Voltando a nossa conta, podemos tirar por conta da recessão coisa de 1,4 milhão de empregos? É uma conta até que bem conservadora, já que trata-se de quase 30% do total de empregos a serem gerados até 2010, desconsiderando a situação interna atual, que seguramente é a melhor que vi, desde que larguei as fraldas.

Fechamos então com um número mágico: 10 milhões de empregos, entre 2003 e 2010. Algum dos leitores poderia lembrar de uma das promessas de campanha no segundo turno, em 2002? Pois é, e o diabo do Eleito não deu prazo... E vai cumprir.

Mas com que méritos? Ao pensarmos sobre todas as decisões que deveriam ter sido tomadas, em quaisquer áreas de atuação do governo do Eleito, percebe-se que o único mérito foi o de não fazer nada. Não mexeu, não fedeu. Simplesmente deixou a coisa correr, e vamos ver onde é que dá.

É, o sujeito é um camarada de sorte. Estava na hora certa, no lugar certo.

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